Nunca como hoje em nome de um deus proliferam tantas religiões, umas assumidas outras em pequenos grupos proclamam ser detentoras da verdade.
Portugal é um país religioso em que o catolicismo predomina desde a sua fundação, e com essa base e na defesa de proclamar a religião levou missionários para novos mundos abrindo uma nova visão de Missão à Europa, reiniciando-se a globalização.
Com esse pretexto fizeram-se guerras, lutas internas, correu muito sangue para que ideias prevalecessem, mas o âmago da questão é a consciência implícita do homem da sua pequenez e da sua necessidade de Deus.
Em 1789, aquando da Revolução Francesa, e, feita a primeira Constituição da Republica, podemos encontrar no seu primeiro artigo:
“ Na presença e sob os auspícios do Ser Supremo “ afirma que a ignorância, o desprezo e o esquecimento dos direitos do ser humano são a única causa dos males públicos.
Ao invocar o Ser Supremo existe um reconhecimento implícito da autoridade e a importância de Deus.
Muitos anos mais tarde, a constituição da Republica Alemã, em 1949 afirma no seu preâmbulo:
“Ao ser conscientes da responsabilidade de Deus e dos homens…”
Um texto ainda consta nas moeda nos Estados Unidos da América “ In God we trust”, em Deus nós confiamos, apesar de movimentos opositores, numa nação que aquando da sua fundação Abraham Lincoln fechou o seu discurso em Gettysburg com estas palavras” ...que esta nação, por acção de Deus tenha um renascimento de liberdade e que o governo do povo, pelo povo e para o povo não seja erradicado da terra…”
Numa sociedade cada vez mais secularizada, por uma nova “religião”, um Humanismo Secular e competitivo, que lugar tem Deus na nossa família, na nossa sociedade e até nos governantes?
Promovem-se campanhas de solidariedade quase todos os dias, trazendo à ribalta o bom espírito desse novo humanismo, do parece bem, outras vezes sob um ténue véu de cristianismo, e, na nossa corrida contra o tempo esquecemo-nos ou não temos a consciência que acima de todas as nossas motivações existe Deus, que embora tardo de se irar, continua presente para a Seu tempo julgar as nações e as nossas atitudes.
Uma pergunta fica em aberto, está em discussão o futuro da letra do Tratado de Lisboa, que subsistirá a Constituição Europeia, constará a referência do nome de Deus?
Como seria bom que constasse e que vivêssemos numa sociedade mais justa em que pudéssemos dizer como o salmista:
“ Bem-aventurado o povo a quem assim sucede! Sim, bem-aventurado o povo cujo Deus é o Senhor (Sl.144:15)
Agosto 2007
Wednesday, September 26, 2007
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