Tinha um sonho que o nosso filho concretizou, fomos aos Açores. E, quando se fala dos Açores, fala-se da Ilha Terceira, do Aeroporto das Lajes, das Festas em Honra ao Divino Espírito e dos Touros, tudo isto associado à gastronomia e aos lacticínios.
Como de aeroportos basta-me, o diz que disse do nosso ministro que até tem o meu apelido, festas não são o meu forte e como em gastronomia sou de parcos alimentos, quando o nosso filho perguntou qual a ilha, respondemos o Faial.
A ilha do Faial trazia-me à memória o Canal que a separa ou liga à Ilha do Pico, a cidade da Horta a vila da Madalena, trazia à minha cabeça um livro “O mau tempo no Canal” do nosso saudoso Vitorino Nemésio, e foi o que aconteceu.
19 de Maio 2008 – Aeroporto de Lisboa, as formalidades da praxe, uma pequena demora com a mala de mão comprada numa loja de um chinês em Nisa, e, entrada no TAP 1845, Lisboa / Horta.
O avião ia completo, e quando aterrou na cidade da Horta isto é na freguesia de Castelo Branco, simples coincidência, procuramos um táxi. A praça estava ocupada com uma ambulância do INEM, bombeiros e polícia. Um passageiro tinha-se sentido mal e era necessário ser levado para o Hospital.
Quando chegou à nossa vez, entramos no táxi, o motorista de nome Silva (nome pouco comum) que nos informou que tinha estado há quinze dias no Continente, em Portalegre, outra simples coincidência, que tinha gostado, - é uma cidade calminha como a nossa e come-se bem, informou, e, quando lhe demos a morada da Residencial, nome que tínhamos visto na Internet, estranhou adiantando timidamente que normalmente não levava turistas para lá que tudo estava muito velho.
Deixou-nos à porta e arrancou, a Nair entrou procurando a recepção, deparando desde logo uma íngreme escada e onde deveria se encontrar o recepcionista era um espaço engaiolado de velhas madeiras. Assim saímos sorrateiramente, e fomos procurar uma outra, que tinha ficado no ouvido durante o trajecto aeroporto / cidade, a Residencial S. Francisco, tendo deixado a Nair e a bagagem dei corda aos sapatos procurando a dita Residencial, que felizmente tinha um quarto vago, e, regressei para voltar com mulher e malas. O quarto é outra história para a Nair contar!!! Coincidências, ou destino!!!
Estávamos na ilha do Faial, a ilha do Doutor Manuel de. Arriaga, o primeiro Presidente da Republica, de Portugal, na cidade onde ele nasceu
Fomos dar uma volta pela cidade, queríamos comprar uma garrafa de água, não sabíamos dois pormenores importantes, primeiro o Comércio fecha ás 18 horas, segundo a maior parte tinha fechado mais cedo por o inicio de Festas que culminarão no mês de Junho e que se estendem por todas as Ilhas.
Por outro lado, mercearias ou mini - mercados nada estava aberto, contudo indicaram-nos o “Modelo” passe a publicidade, mas na zona em que não nos encontrávamos, não era a do “Modelo” e na Farmácia Lecoq informaram-nos que era melhor comprar na mercearia, já que o preço de uma garrafa no café, era o preço de um garrafão nesses estabelecimentos.
Mas a necessidade de comprar água era naquele momento e decidimo-nos ir ao café
Voltando à cidade, lembrei-me à primeira impressão de um Algarve antes do” boom “do turismo, estabelecimentos muito antigos contrastante com alguma modernidade nos de vestuário, e da própria farmácia, mas vendo a cidade com a sua Marina, a sua marginal que é ex-libris da Horta, fez-nos esquecer as pequenas contrariedades da chegada,
Segundo nos informaram em movimento é a maior de Portugal e a quarta da Europa.
A Marina está envolta em desenhos que os navegadores que passam por ela deixam e também as suas referências. Nasceu uma lenda que se o não fizeram não terão bonança quando zarparem para outros portos, verdade ou mentira, que mal há de cumprir o ritual.
O Pico escondera-se num manto de neblina, o Infante D. Henrique, olhava de lado para o Canal, não sei porque o não viraram para o mar, jantamos e regressamos à Residencial, e ligamos para a família.
Era chegado o primeiro dia nos Açores, começava a escrever-se em nossas vidas o preâmbulo de um novo ciclo da nossa vida, a sós.
20 de Maio de 2008
Saí sozinho para ver e sentir a cidade, e na verdade com um fim também, descobrir a localização da Igreja Baptista da Horta, salvo erro a primeira da denominação nos Açores, tinha uma base de procura, Av. Marginal 17, supostamente estava na Marginal, mas a placas toponímicas indicavam-me Av. 25 de Abril e Av. Diogo Teive, assim perguntei a uma senhora onde iniciava a Av. Marginal, ao que me informou: - é toda esta, os políticos é que lhe vão dando nomes.
Ultrapassado o primeiro obstáculo procurar o número dezassete, a maioria das portas sem número de polícia, e mais ainda a seguir a um 10-A um dezassete, que não era a porta da Igreja, voltei a perguntar, o senhor muito simpático informou-me que não eram necessários já que toda a gente se conhecia.
Apanhando a deixa perguntei-lhe onde era a Igreja, ao que ele me respondeu – Há uma Igreja protestante lá ao fundo, vê aquele prédio novo alto é depois!!!
Voltei à Residencial, passei pela Papelaria “O Telégrapho” comprei a “TV7dias” que afinal era da outra semana, o que foi de logo constatado pela Nair, e lá voltamos à papelaria, que simpaticamente nos informaram que as revistas e jornais chegavam sujeitas às cargas dos aviões, o que influenciava o dia da chegada e o preço das mesmas e dos jornais, embora o Governo Regional comparticipasse. A conversa decorreu sem pressas, o tempo é para ser vivido, e a senhora perguntou-me se era do Corvo (sempre a minha voz), aproveitei para comprar um livro de Tomas Rosa “ Ilha Morena” e uma colectânea poética do padre José Machado Lourenço de três poetisas de Angra, noutra papelaria que entrei com esperança de encontrar um jornal desportivo.
Fiquei com pena de ontem não ter ido ao lançamento do livro de Dias de Melo “ A montanha cobriu-se de negro” é um escritor do Pico que escreveu “Pedras Negras”, uma obra de referência da escrita açoriana.
Fomos visitar a Biblioteca Municipal recém inaugurada no passado dia 25 de Abril.
Como não podia deixar de ser tinha havido um acidente e tivemos de entrar pela porta do Auditório.
A funcionária muito simpática disse-nos que não deixássemos de visitar o Pico, ilha onde nascera,
Pico é a ilha mãe dos Açores já que do alto do pico que lhe dá o nome, o mais alto de Portugal consegue-se ver todas as ilhas.
Mas voltando à Biblioteca, na sala de leitura encontrei uma entrevista no suplemento literário do DI do Dr. António Lopes, director do Museu Maçónico Português, que passou pela Terceira para apresentar o seu livro “ A maçonaria e os Açores (1792-1935)” que faz um historial como o pensamento de intelectuais açorianos foram o génese de grande parte do pensamento politico de Portugal. Açores que nos deu
nomes como Antero do Quental, Manuel de Arriaga, Vitorino Nemésio, Luís da Silva Ribeiro ou Gervásio Lima, Florêncio Terra, que fundou o Grémio Literário Fayalense em 1874, entre outros ou no comércio como o fundador de “Os Grandes Armazéns Fayalenses” em 1856 que hoje é a Grande Loja de Macau!!!
Outro livro que encontrei foi “ Os anais da Família Dubnay” família que está ligada à economia dos Açores, com a criação de uma Agencia de Navegação, e consulado, um dos seus elementos tem uma rua na cidade da Horta – Rua Cônsul Dubnay.
Mas não vou falar da família, mas do avô de Charles William Dubnay, John Bass Dubnay, nascido em 1707 e foi Pastor da Igreja de Ashford e dele se encontra escrito no registo daquela Igreja em 5 de Junho de 1751: “ Fui demitido das minhas funções pastorais com a Igreja e Povo de Ashford por divergir da interpretação calvinista dos “cinco artigos de doutrina” que em minha ignorância subscrevi antes da minha ordenação, por estes erros solicito perdão a Deus Todo Poderoso”, mais tarde foi Pastor de uma Igreja Unionista de Oxford, Massachuetts.
Refiro-me a este episódio, pelo conhecimento da Palavra de Deus, certamente entrou na ilha por intermédio de algum dos seus descendentes, um ponto para pesquisa.
Fomos almoçar ao restaurante “Capitólio”, na entrada um quadro de ardósia dos que se usavam nas escolas, onde escrito a giz se lê : “ Comer em latim Cumedese que é tomar-os”, sentado aguardando o almoço um quadro de um farol envolto em espuma,
Lembro-me de Pessoa e Alexandre O’neill. O mar no sentimento de dor e saudade em Pessoa e de esperança em O’neill – Há mar e mar há ir e voltar
E, neste verbo voltar, o sentimento tão enraizado neste povo, o eterno retorno ás suas ilhas e ao seu sentimento religioso.
Depois do almoço (razão tinha o taxista ao dizer que em Portalegre come-se bem) fomos encontrar como havíamos combinado com o Pastor Rui Sabino, e lá voltou a saga dos números de policia, foi uma boa conversa que terminou com um sumo no café.
Vagueamos pela cidade é uma cidade simpática, foi elevada a cidade em 1883 sendo grande interveniente o Duque d’Avila e Bolama a quem a cidade erigiu um bonito monumento em frente da Igreja Matriz
21.05.2008
O dia nasceu chuvoso, mas decidimos ir ao Pico, e não tivemos mau tempo no canal.
O Pico está ligado à minha juventude em Vila Real de Santo António, quando a Fabrica Folque se instalou na ilha para comercializar o atum dos Açores criando a COFACO e o “ATUM BOM PETISCO” e a Companhia Insulana de Navegação hoje é a Transulana, salvo erro.Eu na Junta dos Portos fazia os despachos de carregamentos de sal a granel, sal das salinas de Castro Marim, que o meu pai e o Belo carregavam com os guindastes nos barcos dessa Companhia, entre eles o “Madalena”.
Em Madalena, onde desembarcamos, entramos numa loja junto ao cais, e o proprietário que tinha vivido nos Estados Unidos, contou-nos da sua vivência e o encanto da Ilha.
Na conversa abordou um tema importante, o negativo para a convivência a transmissão pelos canais internacionais da TV das telenovelas.
As praças das intermináveis conversas dos portugueses, por força das mesmas, as pessoas começaram a ficar em casa, e as praças outrora o centro de recordações e novas amizades foram “tomadas” por uma juventude de droga e maus costumes que originou um sentimento de medo entre os resistentes que acabaram de as abandonar.
Mas voltando à vila da Madalena, com os seus ilhéus, é pequena e simpática, alugamos um carro fomos dar uma volta pela Ilha, visitamos o “Cachorro” as vinhas e fomos a S. Roque onde visitamos o Museu da Industria da Baleia e uma exposição “Rostos nas Festas do Espírito Santo”
O porto é o terminal de carga e descarga, lá estava mais uma porta contentores a atracar no terminal, onde em S. Roque no Café Bar Refugio, foi iniciado um projecto “ Café com tertúlia”, o que não consegui concretizar em Amieira.
Vimos os moinhos e os vinhedos na Criação Grande onde se produz o “VERDALHO” vinho que era servido à mesa dos Czars na Rússia.
Voltamos à Madalena, passamos para apanhar o barco pela Rua Carlos Dubnay , aqui aportuguesaram o nome tirando-lhe o titulo.
No mesmo barco em que tínhamos vindo regressamos, muita gente que vive no Pico trabalha na cidade da Horta e vice - versa.
Há noite fomos ao Culto na Igreja Baptista, um grupo simpático com muitos brasileiros que ficaram após a reconstrução da ilha aquando o sismo de 89.
22 de Maio de 2008
O dia hoje também nasceu cinzento, embora bastante quente, é feriado celebra-se no calendário católico “Corpo de Deus” e como tal tudo fechado.
Ficamos na esplanada da Marina olhando o eterno vai e vem de barcos a chegarem e a zarparem e a vinda aos serviços de limpeza de roupa dos navegadores, peles curtidas pelos mares e por muitos sóis numa Babel de línguas.
Entre o olhar, o ler, a conversa em que havia um facto de nos encontrarmos sós sem ninguém para compartilhar a experiência, e a Nair lembrava os passeios feitos em companhia da filha genro e netos o que seria muito ou quase impossível agora voltar a realizar pelo contexto em que vivemos.
Sabendo que tudo estava fechado e na esperança de encontrarmos um café ou um snack fomos procurar.
Deus é misericordioso, e eu reconheci um casal que estava na Residencial e que andava na mesma causa – onde comer,
Meti conversa e almoçamos juntos numa pequena esplanada, eles moram na Graciosa e vieram ao Faial comemorar os quarenta anos de casamento, tem quatro filhos casados mas para ninguém ficar zangado resolveram sem dizer nada fazerem a sua festa.
Faço a referência ao cuidado de Deus, pois tendo-se lamentado de não ter com quem conversar, a Nair falou muito e comeu pouco, por outro lado o marido abriu o coração das suas mágoas, enquanto eu e a sua esposa abanávamos a cabeça intercalado com um sim e não.
Depois do almoço e regressados à Residencial sai sozinho até à parte mais alta da cidade, deslumbrante paisagem, de regresso fui visitar a Igreja Matriz, que pela sua riqueza de altares e a sacristia vale a pena visitar. Um bom grupo de senhoras preparava a saída da procissão horas mais tarde fazendo um tapete de flores desde a saída entrando pela rua Ernesto Rebelo.
Nunca tinha visto fazer tapetes em flores, além da paciência é necessário ter arte.
Voltei à Residencial para buscar a Nair para partilhar o trabalho, e, na rua reparei uma placa da casa onde viveu José Pereira da Silva – o Padre Ouvidor.
Na rua que mencionei encontra-se a Segurança Social, num prédio nada condizente com o resto do edificado e o edifício sede da Associação Amor à Pátria que foi a primeira Loja Maçónica do Faial, hoje uma Sociedade Educativa, tem ainda hoje no pátio do primeiro lance de escadas o símbolo da Loja com a palavra “Servir”
Voltei à Marginal, passei pelo Peter é obrigatório. O Peter é um bar com um museu com peças feitas em osso, e recordações de marinheiros.
23 de Maio 2008
Hoje há Sol, e o Pico mostra-se em toda a sua imponência. Decidimos alugar um táxi para dar uma volta à Ilha. Saímos em direcção à Conceição onde tem um miradouro.
Passamos pelos Flamengos, o primeiro povoado iniciado no Faial pelos Belgas e Holandeses, pois os terrenos abrigados pelos ventos são bons terrenos para o gado leiteiro e cultura e onde as laranjas são mais doces( do frio das neves do Pico, informaram-me) Ainda existem dois Moinhos a funcionar graças ao Gabinete de Turismo, e existem grandes ventoinhas de energia aelótica.
Como havia muito sol via-se bem S. Jorge e se não houvesse neblina a Graciosa, visitamos a Caldeira dos Capelinhos, que desde o sismo de 89 abriu uma fenda e ficou vazia. Existem ainda milhafres e muitas espécies de arvores e plantas, a árvore predominante são os Criptomerus ( Cedro japonês) de grande porte e Hortênsias, uma nota existem pinheiros, mas a maior mancha de pinheiros é no Pico.
As hortênsias fazem a divisão dos terrenos em grande parte da Ilha, que se cobrindo das flores azuis dão o nome à Ilha – “Ilha Azul”
Ainda resistem algumas denominadas “ casa da batata,” que guardavam as colheitas nos bons tempos que a Ilha era mais povoada e os campos cultivados. E fomos aos Capelinhos, uma paisagem surpreendente, e voltamos passando pela Ponta do Varadouro, Porto Feiteira e pela praia de areia branca, a única, enfim a Ilha é linda.
24 de Maio 2008
É sábado, o nosso coração está em Amieira, o Gabriel faz anos, o último aniversário em Portugal, se Deus quiser toda a sua vida correrá na Suiça, esperamos ao telefonar para lhe dar um beijinho de parabéns e que haja boas noticias para o Bernardo.
A leitura de hoje que fiz no meu a sós com Deus foi em Lucas 12:22-34, que nos exorta a não estar ansioso, ás vezes é tão difícil!!!
Passeamos pela Marginal, gozamos o sol na esplanada da Marina e fomos almoçar, hoje noutro restaurante, no “Ó Lima”.
Depois de descansar voltei à parte interior da cidade, queria ver melhor os prédios da antiga Colónia Alemã, hoje ocupados pelos serviços administrativos do Governo Regional.
È um bairro com prédios rodeados de jardins, hoje a Av. Marcelino Lima, divide o Bairro Alemão do Bairro Inglês e engloba o Americano. Estes três bairros ou melhor esta zona habitacional até à II Grande Guerra 1939-1945, a comunidade alemã residente na Ilha construiu aqueles prédios anti-sismo e outros pormenores de grande conforto, face a certas posições e à nossa “neutralidade salazarista “ os alemães foram obrigados a sair, ficando as casas abandonadas com um representante, que as alugou, depois do 25 de Abril com a Regionalização foram colocados os serviços, o Conservatório de Musica e aproveitado um dos edifícios para o Ministro da Republica, a qual tem uma boa sala com piano para concertos e recepções e outras mordomias e no espaço foi ainda edificado um novo prédio da Assembleia Legislativa dos Açores.
Na Praça da Republica cruzei-me com um grupo de Escuteiros, mais propriamente de Lobitos com a sua chefe a fazer o levantamento das árvores e explicando a razão das pernadas de uma eurocária que no final se dividem em três face ao vento, tinha uma dessas arvores no Colégio onde andei.
25 de Maio 2008
Fomos ao Culto à Igreja Baptista da Horta, ficamos impressionados pela quantidade de casais jovens e de crianças, conhecemos a esposa do Pastor e tivemos uma conversa agradável com os seus pais, que vieram ao Faial para assistir ao nascimento do seu segundo neto, neste caso de uma neta a Mariana, que nascerá em breve, já nos tinham sido apresentados, a Nair tirou fotografias que esperamos enviar Gostei de falar com um irmão, o Marco Paulo especialmente.
Domingo, tudo fechado, o “Kabem-todos” e os restaurantes que nos tinham indicados, assim fomos comer ao Bar da Marina, à tarde descobri o “Ponto-come” aberto a 50 m da Residencial.
Mais a volta pela cidade, a sua Marginal, hoje o Pico apresentava-se com um colar de nuvens brancas. Parei no Peter e voltei para a Residencial.
26 de Maio 2008-
O dia da partida, fechar as contas mais umas voltas, olhar o Canal e o Pico, encontramos os sogros do Pastor e ficamos na conversa, almoço e táxi para o aeroporto.
No aeroporto o avião que nos levaria para o Continente, trouxe o Morais, cumprimentamo-nos através da vidraça, não nevava como no poema de Augusto Gil.
Quase como oferta o avião passou rente ao pico, e com o céu limpo vimos S. Jorge e a Graciosa.
Até sempre Açores!!!
26 de Maio 2008
Como de aeroportos basta-me, o diz que disse do nosso ministro que até tem o meu apelido, festas não são o meu forte e como em gastronomia sou de parcos alimentos, quando o nosso filho perguntou qual a ilha, respondemos o Faial.
A ilha do Faial trazia-me à memória o Canal que a separa ou liga à Ilha do Pico, a cidade da Horta a vila da Madalena, trazia à minha cabeça um livro “O mau tempo no Canal” do nosso saudoso Vitorino Nemésio, e foi o que aconteceu.
19 de Maio 2008 – Aeroporto de Lisboa, as formalidades da praxe, uma pequena demora com a mala de mão comprada numa loja de um chinês em Nisa, e, entrada no TAP 1845, Lisboa / Horta.
O avião ia completo, e quando aterrou na cidade da Horta isto é na freguesia de Castelo Branco, simples coincidência, procuramos um táxi. A praça estava ocupada com uma ambulância do INEM, bombeiros e polícia. Um passageiro tinha-se sentido mal e era necessário ser levado para o Hospital.
Quando chegou à nossa vez, entramos no táxi, o motorista de nome Silva (nome pouco comum) que nos informou que tinha estado há quinze dias no Continente, em Portalegre, outra simples coincidência, que tinha gostado, - é uma cidade calminha como a nossa e come-se bem, informou, e, quando lhe demos a morada da Residencial, nome que tínhamos visto na Internet, estranhou adiantando timidamente que normalmente não levava turistas para lá que tudo estava muito velho.
Deixou-nos à porta e arrancou, a Nair entrou procurando a recepção, deparando desde logo uma íngreme escada e onde deveria se encontrar o recepcionista era um espaço engaiolado de velhas madeiras. Assim saímos sorrateiramente, e fomos procurar uma outra, que tinha ficado no ouvido durante o trajecto aeroporto / cidade, a Residencial S. Francisco, tendo deixado a Nair e a bagagem dei corda aos sapatos procurando a dita Residencial, que felizmente tinha um quarto vago, e, regressei para voltar com mulher e malas. O quarto é outra história para a Nair contar!!! Coincidências, ou destino!!!
Estávamos na ilha do Faial, a ilha do Doutor Manuel de. Arriaga, o primeiro Presidente da Republica, de Portugal, na cidade onde ele nasceu
Fomos dar uma volta pela cidade, queríamos comprar uma garrafa de água, não sabíamos dois pormenores importantes, primeiro o Comércio fecha ás 18 horas, segundo a maior parte tinha fechado mais cedo por o inicio de Festas que culminarão no mês de Junho e que se estendem por todas as Ilhas.
Por outro lado, mercearias ou mini - mercados nada estava aberto, contudo indicaram-nos o “Modelo” passe a publicidade, mas na zona em que não nos encontrávamos, não era a do “Modelo” e na Farmácia Lecoq informaram-nos que era melhor comprar na mercearia, já que o preço de uma garrafa no café, era o preço de um garrafão nesses estabelecimentos.
Mas a necessidade de comprar água era naquele momento e decidimo-nos ir ao café
Voltando à cidade, lembrei-me à primeira impressão de um Algarve antes do” boom “do turismo, estabelecimentos muito antigos contrastante com alguma modernidade nos de vestuário, e da própria farmácia, mas vendo a cidade com a sua Marina, a sua marginal que é ex-libris da Horta, fez-nos esquecer as pequenas contrariedades da chegada,
Segundo nos informaram em movimento é a maior de Portugal e a quarta da Europa.
A Marina está envolta em desenhos que os navegadores que passam por ela deixam e também as suas referências. Nasceu uma lenda que se o não fizeram não terão bonança quando zarparem para outros portos, verdade ou mentira, que mal há de cumprir o ritual.
O Pico escondera-se num manto de neblina, o Infante D. Henrique, olhava de lado para o Canal, não sei porque o não viraram para o mar, jantamos e regressamos à Residencial, e ligamos para a família.
Era chegado o primeiro dia nos Açores, começava a escrever-se em nossas vidas o preâmbulo de um novo ciclo da nossa vida, a sós.
20 de Maio de 2008
Saí sozinho para ver e sentir a cidade, e na verdade com um fim também, descobrir a localização da Igreja Baptista da Horta, salvo erro a primeira da denominação nos Açores, tinha uma base de procura, Av. Marginal 17, supostamente estava na Marginal, mas a placas toponímicas indicavam-me Av. 25 de Abril e Av. Diogo Teive, assim perguntei a uma senhora onde iniciava a Av. Marginal, ao que me informou: - é toda esta, os políticos é que lhe vão dando nomes.
Ultrapassado o primeiro obstáculo procurar o número dezassete, a maioria das portas sem número de polícia, e mais ainda a seguir a um 10-A um dezassete, que não era a porta da Igreja, voltei a perguntar, o senhor muito simpático informou-me que não eram necessários já que toda a gente se conhecia.
Apanhando a deixa perguntei-lhe onde era a Igreja, ao que ele me respondeu – Há uma Igreja protestante lá ao fundo, vê aquele prédio novo alto é depois!!!
Voltei à Residencial, passei pela Papelaria “O Telégrapho” comprei a “TV7dias” que afinal era da outra semana, o que foi de logo constatado pela Nair, e lá voltamos à papelaria, que simpaticamente nos informaram que as revistas e jornais chegavam sujeitas às cargas dos aviões, o que influenciava o dia da chegada e o preço das mesmas e dos jornais, embora o Governo Regional comparticipasse. A conversa decorreu sem pressas, o tempo é para ser vivido, e a senhora perguntou-me se era do Corvo (sempre a minha voz), aproveitei para comprar um livro de Tomas Rosa “ Ilha Morena” e uma colectânea poética do padre José Machado Lourenço de três poetisas de Angra, noutra papelaria que entrei com esperança de encontrar um jornal desportivo.
Fiquei com pena de ontem não ter ido ao lançamento do livro de Dias de Melo “ A montanha cobriu-se de negro” é um escritor do Pico que escreveu “Pedras Negras”, uma obra de referência da escrita açoriana.
Fomos visitar a Biblioteca Municipal recém inaugurada no passado dia 25 de Abril.
Como não podia deixar de ser tinha havido um acidente e tivemos de entrar pela porta do Auditório.
A funcionária muito simpática disse-nos que não deixássemos de visitar o Pico, ilha onde nascera,
Pico é a ilha mãe dos Açores já que do alto do pico que lhe dá o nome, o mais alto de Portugal consegue-se ver todas as ilhas.
Mas voltando à Biblioteca, na sala de leitura encontrei uma entrevista no suplemento literário do DI do Dr. António Lopes, director do Museu Maçónico Português, que passou pela Terceira para apresentar o seu livro “ A maçonaria e os Açores (1792-1935)” que faz um historial como o pensamento de intelectuais açorianos foram o génese de grande parte do pensamento politico de Portugal. Açores que nos deu
nomes como Antero do Quental, Manuel de Arriaga, Vitorino Nemésio, Luís da Silva Ribeiro ou Gervásio Lima, Florêncio Terra, que fundou o Grémio Literário Fayalense em 1874, entre outros ou no comércio como o fundador de “Os Grandes Armazéns Fayalenses” em 1856 que hoje é a Grande Loja de Macau!!!
Outro livro que encontrei foi “ Os anais da Família Dubnay” família que está ligada à economia dos Açores, com a criação de uma Agencia de Navegação, e consulado, um dos seus elementos tem uma rua na cidade da Horta – Rua Cônsul Dubnay.
Mas não vou falar da família, mas do avô de Charles William Dubnay, John Bass Dubnay, nascido em 1707 e foi Pastor da Igreja de Ashford e dele se encontra escrito no registo daquela Igreja em 5 de Junho de 1751: “ Fui demitido das minhas funções pastorais com a Igreja e Povo de Ashford por divergir da interpretação calvinista dos “cinco artigos de doutrina” que em minha ignorância subscrevi antes da minha ordenação, por estes erros solicito perdão a Deus Todo Poderoso”, mais tarde foi Pastor de uma Igreja Unionista de Oxford, Massachuetts.
Refiro-me a este episódio, pelo conhecimento da Palavra de Deus, certamente entrou na ilha por intermédio de algum dos seus descendentes, um ponto para pesquisa.
Fomos almoçar ao restaurante “Capitólio”, na entrada um quadro de ardósia dos que se usavam nas escolas, onde escrito a giz se lê : “ Comer em latim Cumedese que é tomar-os”, sentado aguardando o almoço um quadro de um farol envolto em espuma,
Lembro-me de Pessoa e Alexandre O’neill. O mar no sentimento de dor e saudade em Pessoa e de esperança em O’neill – Há mar e mar há ir e voltar
E, neste verbo voltar, o sentimento tão enraizado neste povo, o eterno retorno ás suas ilhas e ao seu sentimento religioso.
Depois do almoço (razão tinha o taxista ao dizer que em Portalegre come-se bem) fomos encontrar como havíamos combinado com o Pastor Rui Sabino, e lá voltou a saga dos números de policia, foi uma boa conversa que terminou com um sumo no café.
Vagueamos pela cidade é uma cidade simpática, foi elevada a cidade em 1883 sendo grande interveniente o Duque d’Avila e Bolama a quem a cidade erigiu um bonito monumento em frente da Igreja Matriz
21.05.2008
O dia nasceu chuvoso, mas decidimos ir ao Pico, e não tivemos mau tempo no canal.
O Pico está ligado à minha juventude em Vila Real de Santo António, quando a Fabrica Folque se instalou na ilha para comercializar o atum dos Açores criando a COFACO e o “ATUM BOM PETISCO” e a Companhia Insulana de Navegação hoje é a Transulana, salvo erro.Eu na Junta dos Portos fazia os despachos de carregamentos de sal a granel, sal das salinas de Castro Marim, que o meu pai e o Belo carregavam com os guindastes nos barcos dessa Companhia, entre eles o “Madalena”.
Em Madalena, onde desembarcamos, entramos numa loja junto ao cais, e o proprietário que tinha vivido nos Estados Unidos, contou-nos da sua vivência e o encanto da Ilha.
Na conversa abordou um tema importante, o negativo para a convivência a transmissão pelos canais internacionais da TV das telenovelas.
As praças das intermináveis conversas dos portugueses, por força das mesmas, as pessoas começaram a ficar em casa, e as praças outrora o centro de recordações e novas amizades foram “tomadas” por uma juventude de droga e maus costumes que originou um sentimento de medo entre os resistentes que acabaram de as abandonar.
Mas voltando à vila da Madalena, com os seus ilhéus, é pequena e simpática, alugamos um carro fomos dar uma volta pela Ilha, visitamos o “Cachorro” as vinhas e fomos a S. Roque onde visitamos o Museu da Industria da Baleia e uma exposição “Rostos nas Festas do Espírito Santo”
O porto é o terminal de carga e descarga, lá estava mais uma porta contentores a atracar no terminal, onde em S. Roque no Café Bar Refugio, foi iniciado um projecto “ Café com tertúlia”, o que não consegui concretizar em Amieira.
Vimos os moinhos e os vinhedos na Criação Grande onde se produz o “VERDALHO” vinho que era servido à mesa dos Czars na Rússia.
Voltamos à Madalena, passamos para apanhar o barco pela Rua Carlos Dubnay , aqui aportuguesaram o nome tirando-lhe o titulo.
No mesmo barco em que tínhamos vindo regressamos, muita gente que vive no Pico trabalha na cidade da Horta e vice - versa.
Há noite fomos ao Culto na Igreja Baptista, um grupo simpático com muitos brasileiros que ficaram após a reconstrução da ilha aquando o sismo de 89.
22 de Maio de 2008
O dia hoje também nasceu cinzento, embora bastante quente, é feriado celebra-se no calendário católico “Corpo de Deus” e como tal tudo fechado.
Ficamos na esplanada da Marina olhando o eterno vai e vem de barcos a chegarem e a zarparem e a vinda aos serviços de limpeza de roupa dos navegadores, peles curtidas pelos mares e por muitos sóis numa Babel de línguas.
Entre o olhar, o ler, a conversa em que havia um facto de nos encontrarmos sós sem ninguém para compartilhar a experiência, e a Nair lembrava os passeios feitos em companhia da filha genro e netos o que seria muito ou quase impossível agora voltar a realizar pelo contexto em que vivemos.
Sabendo que tudo estava fechado e na esperança de encontrarmos um café ou um snack fomos procurar.
Deus é misericordioso, e eu reconheci um casal que estava na Residencial e que andava na mesma causa – onde comer,
Meti conversa e almoçamos juntos numa pequena esplanada, eles moram na Graciosa e vieram ao Faial comemorar os quarenta anos de casamento, tem quatro filhos casados mas para ninguém ficar zangado resolveram sem dizer nada fazerem a sua festa.
Faço a referência ao cuidado de Deus, pois tendo-se lamentado de não ter com quem conversar, a Nair falou muito e comeu pouco, por outro lado o marido abriu o coração das suas mágoas, enquanto eu e a sua esposa abanávamos a cabeça intercalado com um sim e não.
Depois do almoço e regressados à Residencial sai sozinho até à parte mais alta da cidade, deslumbrante paisagem, de regresso fui visitar a Igreja Matriz, que pela sua riqueza de altares e a sacristia vale a pena visitar. Um bom grupo de senhoras preparava a saída da procissão horas mais tarde fazendo um tapete de flores desde a saída entrando pela rua Ernesto Rebelo.
Nunca tinha visto fazer tapetes em flores, além da paciência é necessário ter arte.
Voltei à Residencial para buscar a Nair para partilhar o trabalho, e, na rua reparei uma placa da casa onde viveu José Pereira da Silva – o Padre Ouvidor.
Na rua que mencionei encontra-se a Segurança Social, num prédio nada condizente com o resto do edificado e o edifício sede da Associação Amor à Pátria que foi a primeira Loja Maçónica do Faial, hoje uma Sociedade Educativa, tem ainda hoje no pátio do primeiro lance de escadas o símbolo da Loja com a palavra “Servir”
Voltei à Marginal, passei pelo Peter é obrigatório. O Peter é um bar com um museu com peças feitas em osso, e recordações de marinheiros.
23 de Maio 2008
Hoje há Sol, e o Pico mostra-se em toda a sua imponência. Decidimos alugar um táxi para dar uma volta à Ilha. Saímos em direcção à Conceição onde tem um miradouro.
Passamos pelos Flamengos, o primeiro povoado iniciado no Faial pelos Belgas e Holandeses, pois os terrenos abrigados pelos ventos são bons terrenos para o gado leiteiro e cultura e onde as laranjas são mais doces( do frio das neves do Pico, informaram-me) Ainda existem dois Moinhos a funcionar graças ao Gabinete de Turismo, e existem grandes ventoinhas de energia aelótica.
Como havia muito sol via-se bem S. Jorge e se não houvesse neblina a Graciosa, visitamos a Caldeira dos Capelinhos, que desde o sismo de 89 abriu uma fenda e ficou vazia. Existem ainda milhafres e muitas espécies de arvores e plantas, a árvore predominante são os Criptomerus ( Cedro japonês) de grande porte e Hortênsias, uma nota existem pinheiros, mas a maior mancha de pinheiros é no Pico.
As hortênsias fazem a divisão dos terrenos em grande parte da Ilha, que se cobrindo das flores azuis dão o nome à Ilha – “Ilha Azul”
Ainda resistem algumas denominadas “ casa da batata,” que guardavam as colheitas nos bons tempos que a Ilha era mais povoada e os campos cultivados. E fomos aos Capelinhos, uma paisagem surpreendente, e voltamos passando pela Ponta do Varadouro, Porto Feiteira e pela praia de areia branca, a única, enfim a Ilha é linda.
24 de Maio 2008
É sábado, o nosso coração está em Amieira, o Gabriel faz anos, o último aniversário em Portugal, se Deus quiser toda a sua vida correrá na Suiça, esperamos ao telefonar para lhe dar um beijinho de parabéns e que haja boas noticias para o Bernardo.
A leitura de hoje que fiz no meu a sós com Deus foi em Lucas 12:22-34, que nos exorta a não estar ansioso, ás vezes é tão difícil!!!
Passeamos pela Marginal, gozamos o sol na esplanada da Marina e fomos almoçar, hoje noutro restaurante, no “Ó Lima”.
Depois de descansar voltei à parte interior da cidade, queria ver melhor os prédios da antiga Colónia Alemã, hoje ocupados pelos serviços administrativos do Governo Regional.
È um bairro com prédios rodeados de jardins, hoje a Av. Marcelino Lima, divide o Bairro Alemão do Bairro Inglês e engloba o Americano. Estes três bairros ou melhor esta zona habitacional até à II Grande Guerra 1939-1945, a comunidade alemã residente na Ilha construiu aqueles prédios anti-sismo e outros pormenores de grande conforto, face a certas posições e à nossa “neutralidade salazarista “ os alemães foram obrigados a sair, ficando as casas abandonadas com um representante, que as alugou, depois do 25 de Abril com a Regionalização foram colocados os serviços, o Conservatório de Musica e aproveitado um dos edifícios para o Ministro da Republica, a qual tem uma boa sala com piano para concertos e recepções e outras mordomias e no espaço foi ainda edificado um novo prédio da Assembleia Legislativa dos Açores.
Na Praça da Republica cruzei-me com um grupo de Escuteiros, mais propriamente de Lobitos com a sua chefe a fazer o levantamento das árvores e explicando a razão das pernadas de uma eurocária que no final se dividem em três face ao vento, tinha uma dessas arvores no Colégio onde andei.
25 de Maio 2008
Fomos ao Culto à Igreja Baptista da Horta, ficamos impressionados pela quantidade de casais jovens e de crianças, conhecemos a esposa do Pastor e tivemos uma conversa agradável com os seus pais, que vieram ao Faial para assistir ao nascimento do seu segundo neto, neste caso de uma neta a Mariana, que nascerá em breve, já nos tinham sido apresentados, a Nair tirou fotografias que esperamos enviar Gostei de falar com um irmão, o Marco Paulo especialmente.
Domingo, tudo fechado, o “Kabem-todos” e os restaurantes que nos tinham indicados, assim fomos comer ao Bar da Marina, à tarde descobri o “Ponto-come” aberto a 50 m da Residencial.
Mais a volta pela cidade, a sua Marginal, hoje o Pico apresentava-se com um colar de nuvens brancas. Parei no Peter e voltei para a Residencial.
26 de Maio 2008-
O dia da partida, fechar as contas mais umas voltas, olhar o Canal e o Pico, encontramos os sogros do Pastor e ficamos na conversa, almoço e táxi para o aeroporto.
No aeroporto o avião que nos levaria para o Continente, trouxe o Morais, cumprimentamo-nos através da vidraça, não nevava como no poema de Augusto Gil.
Quase como oferta o avião passou rente ao pico, e com o céu limpo vimos S. Jorge e a Graciosa.
Até sempre Açores!!!
26 de Maio 2008
2 comments:
Adorei as vossas vivências nos Açores. Há tanto tempo que não nos falamos. O vosso bog foi uma surpresa, soube através do Nuno é claro. Perdi o m/telemovel e os v/contactos.
Um grande abraço muito cheio de saudades vossas. Aura
O meu email: aura.lino@gmail.com
Muito bom texto. Abc Joca
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